Execução Fiscal: Entenda o Processo e Suas Implicações
A execução fiscal é um procedimento jurídico utilizado pela Fazenda Pública para cobrar dívidas, sejam elas tributárias (como Imposto de Renda, ICMS e ISS) ou não tributárias (multas ambientais, por exemplo). Neste artigo, exploraremos as etapas desse processo e como você deve agir caso seja citado.
O processo de execução fiscal começa com a petição inicial, na qual o procurador da Fazenda Pública ajuíza a ação, geralmente acompanhada da Certidão de Dívida Ativa (CDA), que contém informações básicas sobre a cobrança. O processo é então distribuído para uma vara de Execução Fiscal ou vara da Fazenda Pública, onde um juiz é designado para cuidar do caso.
Após a distribuição do processo, o juiz envia uma carta de citação ao devedor, formalizando sua participação no processo. O devedor tem cinco dias para pagar a dívida com encargos ou nomear bens para penhora, caso decida apresentar defesa. A penhora segue uma ordem específica, respeitando a sequência de dinheiro, títulos de dívida pública ou de crédito cotados na bolsa, pedras e metais preciosos, imóveis, navios e aeronaves, veículos, móveis e direitos e ações.
Durante o processo, o devedor pode apresentar defesa ou recursos. É importante compreender que a Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830/80) estabelece o procedimento padrão para ações de execução de valores devidos ao Estado, abrangendo tanto tributos quanto não tributos.
Além disso, existe a Execução Fiscal Municipal, que segue a mesma lei, mas é utilizada para cobrar dívidas ativas do município ou de suas autarquias. Exemplos incluem o Imposto Sobre Serviços (ISS) ou o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Essa cobrança é feita por meio do Poder Judiciário Estadual.
Em resumo, compreender as etapas da execução fiscal e seus direitos é fundamental para lidar com essa situação adequadamente. Caso precise de mais informações, consulte um advogado especializado na área.
Defesa do Executado:
Durante o processo, o devedor tem a oportunidade de apresentar defesa. Isso pode incluir argumentos sobre a inexigibilidade da dívida, prescrição, nulidades processuais ou qualquer outra questão relevante.
A defesa pode ser feita por meio de embargos à execução, que são uma espécie de contestação específica para processos de execução fiscal.
Os embargos à execução devem ser fundamentados e podem ser apresentados dentro de um prazo determinado após a citação.
Impugnação à Penhora:
Caso haja penhora de bens, o devedor pode impugnar essa medida.
A impugnação à penhora é um instrumento pelo qual o devedor contesta a escolha dos bens penhorados, alegando que outros bens deveriam ser preferencialmente utilizados para quitar a dívida.
O juiz analisará a impugnação e decidirá se mantém ou modifica a penhora.
Exceção de Pré-Executividade:
A exceção de pré-executividade é uma defesa que pode ser apresentada antes da penhora efetiva.
Nesse caso, o devedor alega vícios processuais ou questões que tornam a execução inválida, sem a necessidade de oferecer garantias ou pagar a dívida.
É uma alternativa para questionar a cobrança sem passar pelo rito tradicional dos embargos à execução.
Suspensão do Processo:
Em algumas situações, o processo de execução fiscal pode ser suspenso.
Exemplos incluem a discussão de questões prejudiciais (como a constitucionalidade de uma lei) ou a espera de decisão em outro processo.
A suspensão pode ser requerida pelo devedor ou determinada pelo juiz.
Lembrando que, em todas essas etapas, é fundamental contar com a assessoria de um advogado especializado em execução fiscal. Ele poderá orientar o devedor sobre as melhores estratégias e defender seus interesses no processo.